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8º Encontro de Folia de Reis reúne mais de 3 mil pessoas

Em Varginha, no dia 11 de janeiro de 2015, das 16 às 22 horas, na Concha Acústica Mariângela Calil, numa promoção do Instituto Artetude, com o apoio da Prefeitura Municipal por meio da Fundação Cultural de Varginha e do COMIC – Conselho Municipal de Incentivo à Cultura, com a presença de um público entusiasmado, emocionado e participante de 3.000 pessoas, foi realizado o 8º Encontro de Companhias de Reis de Varginha, com a participação de 18 Companhias, a seguir mencionadas:

Cia Santos Reis Messias da cidade de Santo Antônio do Amparo, Cia Santos Reis São Joaquim, Cia Santos Reis Cardoso e amigos, Cia Santos Reis Nossa Senhora do Rosário, Cia Santos Reis Sr. Vitor Paulo e amigos, Cia Santos Reis Santo Expedito, Cia Santos Reis Imaculada Mãe dos Anjos, Cia Santos Reis Família Assis, Cia Santos Reis Lenço Preto, Cia Santos Reis Sagrada Família, Cia Santos Reis Reis dos Reis, Cia Santos Reis São João Batista, Cia Santos Reis São Lázaro, Cia Santos Reis Nossa Senhora do Carmo, Cia Santos Reis São Benedito, Cia Santos Reis São Marcos, Cia Santos Reis Família Ferreira, Cia Santos Reis Nossa Senhora da Guia.

As apresentações foram comoventes, com o público presente aplaudindo as apresentações, que ocorreram e se desenvolveram de conformidade com o ritual tradicional das Festas de Reis do Brasil e, sobretudo de Minas Gerais.

Varginha, com este evento, consolida a sua posição de “Capital Sul Mineira das Folias de Reis”.

Saiba mais sobre a história

O dia 6 de janeiro é o Dia dos Três Reis magos, ou da Folia de Reis. Diz a tradição que, quando os três Reis Magos, Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, viram a Estrela de Belém no céu, foram ao encontro de Jesus, que havia nascido. Ofereceram ao menino Jesus, como presente, ouro, incenso e mirra, que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade. Segundo a tradição, um era negro, o outro branco e o terceiro moreno, representando toda a humanidade. Muitos países celebram a data, e a Folia de Reis é comemorada de modo particular em cada região do Brasil.

Em alguns países europeus, a Festa de Reis é celebrada com mais solenidade que o Natal e os presentes são dados no dia 6 de janeiro. Nessa data, os magos são colocados no presépio e o menino Jesus na manjedoura é trocado por um maior, que fica no colo da Virgem Maria.

Na Espanha, a data é chamada de Festa de Reis. Na Itália, festa da “Befana” (uma velha bruxa que dá presente para as crianças). No dia de Reis é costume desfazer as decorações natalinas, guardar os enfeites e desmontar os presépios.

Festa de Reis no Brasil e em Minas Gerais

No Brasil, principalmente no interior, acontecem os chamados Reisados ou Folias de Reis, festas folclóricas que receberam a influência das origens europeias da celebração, mas que adotaram formas e expressões locais na música, na dança e nas orações, dependendo da região do país.

Uma das festas culturais mais ricas do folclore brasileiro acontece entre primeiro e seis de janeiro, quando as chamadas “companhias” vão de casa em casa cantar os seus versos acompanhados de violas, violões, sanfonas, pandeiros, triângulos, caixas e instrumentos de corda. Alguns vestem fardas e máscaras. O restante dos componentes usa uniforme, geralmente calças e camisas sociais.

O embaixador da companhia é o responsável pela organização geral e pela bandeira. É ele quem cria, como um repentista, os versos principais, de acordo com a profecia, ou seja, de acordo com as passagens da viagem dos três reis magos até Belém, a história de Maria e São José e o nascimento do menino Jesus. As companhias vão de porta em porta durante os seis dias de festa. Segundo a tradição, os versos só podem ser cantados na casa da pessoa, que deve ter uma imagem do menino Jesus na manjedoura ou um presépio.

Aqueles que recebem a visita do Reisado em suas casas (representando a visita dos Reis Magos a Jesus) devem oferecer alguma comida aos seus integrantes, que agradecem aos hospedeiros e seguem para o próximo destino. No dia de Reis, 6 de janeiro, a bandeira retorna à casa do embaixador.

Texto: Prof. Francisco Graça de Moura

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