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Varginha recebe espetáculo Ciganos no dia 22 de março

ciganos0236O Theatro Municipal Capitólio recebe no sábado, dia 22 de março, às 20h, o espetáculo “Ciganos” do Grupo Ponto de Partida. Os ingressos estão sendo vendidos na Musical Center (Rua Dep. Ribeiro de Resende, 379 – Centro | (35) 3212-4099) a R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia-entrada). O espetáculo vem a Varginha com o patrocínio da Copasa, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Rouanet e apoio da Fundação Cultural.

Sobre o espetáculo
Recebido com aplausos pelo público e pela crítica, Ciganos, além de viajar por várias cidades brasileiras, apresentar-se para milhares de alunos de várias escolas, participou do 1º. Festival de Língua Portuguesa, em Lisboa e do 1º Encontro “Ciganos, diferentes mas iguais”, em Aveiro e viajou durante quarenta dias por várias cidades de Portugal. Alguns livros de Bartolomeu Campos de Queirós chegaram a ser adotados em escolas portuguesas, tamanho o impacto causado pelo espetáculo.

“O Ponto de Partida traz ao público, com Ciganos, um trabalho denso e carregado de beleza, em que a plateia se sente diante de uma realização marcada pela excelência. Regina Bertola, sempre na ponta de lança da encenação teatral contemporânea, é cuidadosa na construção de cada detalhe posto em cena, de modo que o espetáculo, em seu conjunto, jamais resvala para a improvisação ou o casual. Ciganos é bem resolvido como adaptação e como encenação em todos os aspectos.” Clara Arreguy – Jornal Estado de Minas

Assista ao vídeo produzido sobre o espetáculo pela TV Globo Pernambuco:

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Dos motivos
A montagem dos Ciganos está fincada em dois pilares.

O texto de Bartolomeu, sua força poética, as palavras a esconder e a desvelar a história, os segredos que revela, o mistério que guarda, as frestas e o horizonte, o transitório e o eterno, a mágica de, ao contar a história de um menino, resgatar nacos da infância de todos nós é parte fundamental da imensa colcha de retalhos que configura a nossa mineiridade.

O gosto de experimentar, vivo de novo, o tempo dos ciganos. Essa raça colorida e ruidosa a quebrar o silêncio monótono da cidade pequena. Seu brilho, a sonoridade de sua língua e suas músicas, suas roupas a criá-los príncipes ou demônios em nossa fantasia, mas sempre mágicos e poderosos a acordar novos desejos e remotos medos.

Da pesquisa
Os personagens foram criados pelos atores e ao texto básico, que é mantido integralmente, incorporam-se trechos de outros textos de Bartolomeu como: Mário, Indez, Para se criar passarinhos, Por Parte de Pai, O Menino de Belém. Dessa saborosa mistura nasceu o texto do espetáculo.

A pesquisa sobre os ciganos, além de inúmeras leituras, aconteceu numa enorme tenda, ao redor do fogo, onde uma poderosa família cigana nos presenteou com os segredos de seus rituais, de seus mitos, sua língua – fator essencial de sua unidade, sua organização familiar e social.

Durante esse contato com os ciganos, a força dessa cultura oral e milenar nos conquistou definitivamente. A fidelidade às suas raízes junto a uma capacidade assustadora de adaptar-se, seu poder de resistir a tantos preconceitos e perseguições, sua condução de ser errante, transitório e quase eterno.

É com respeito e carinho que o espetáculo procura mostrar nuances da cultura desse povo que nos ofertou fraternalmente sua hospitalidade e sua história.

A pesquisa da música nos colocou em contato com a nossa memória musical e com a música cigana do mundo. Portanto no espetáculo há canções brasileiras, flamengas, espanholas, russas, indianas, que são marcadas pelo rasteado dos violões, o toque das castanholas e seu movimento exuberante.

Da encenação
A encenação reforça a pesquisa do Ponto de Partida de uma linguagem para o musical brasileiro onde não só as canções têm um tratamento especial, mas todo o espetáculo se configura musical, com um ritmo fortemente demarcado e com cenas que se desenham como numa coreografia. Presente também os elementos que passeiam por todo o espetáculo e que são a marca registrada do Ponto de Partida.

A cidade é construída com sombrinhas e guarda-chuvas e os ciganos se contam com imensos panos. A luz mais uma vez é cenográfica, seduzindo a retina do público para que ele se entregue ao encantado.

Apesar de estar fundamentado numa pesquisa consistente, os ciganos que freqüentam este espetáculo não são reais. São imagens retidas pela memória do autor e pela nossa própria fantasia. Os figurinos reforçam essa proposta. É um espetáculo construído na perseguição da beleza e da simplicidade e, com certeza, tem um resultado poético e divertido.

Do autor
Bartolomeu foi um menino silencioso, de olhar e ouvidos atentos. Em Papagaio, pequena cidade do interior mineiro onde nasceu, ele cresceu sonhando com o mar. “Longe do mar a gente inventa o oceano”.

Em Belo Horizonte estudou em colégio beneditino, pensando em ser frade. Formou-se em Filosofia e especializou-se em Educação. Trabalhou vários anos com Educação tendo seus projetos voltados para criança.

Durante os anos em que morou em Paris, estudando arte-educação, gostava de ler a beira do Sena horas a fio. Foi em Paris que escreveu seu primeiro livro. “Eu estava com muitas saudades do Brasil e por isso quis escrever sobre a impossibilidade das coisas, quando cada uma tem o seu lugar”.

Nasceu “O peixe e o pássaro”, história-poema que conta do amor entre um peixe e um pássaro. Esse primeiro texto publicado conquistou também seu primeiro prêmio literário. Todos os seus 21 livros publicados são premiados, alguns internacionalmente.

A paixão pela palavra está declarada em seus textos técnicos e poéticos. È capaz de ficar dias procurando a palavra adequada na companhia dos inúmeros dicionários que possui como o de psicanálise, de numerologia, de maçonaria, de etimologia, de música, de religião, de línguas e muitos outros.

Pelo conteúdo poético de seu texto, a crítica aponta a obra de Bartolomeu como uma das mais importantes na atual produção literária do Brasil para crianças e jovens.

Principais prêmios

  • Selo de Ouro, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil
  • Prêmio Bienal Internacional de São Paulo
  • Prêmio Prefeitura de Belo Horizonte – o melhor para jovem
  • Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro
  • Grande Prêmio da APCA- Associação Paulista dos Críticos de Arte
  • Prêmio Orígenes Lessa, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil
  • Diploma de Honra do IBBY, Londres
  • Quatrième Octogonal, França
  • Rosa Blanca de Cuba
  • Bienal de Belo Horizonte.
  • Traduções
  • Canadá
  • Suécia
  • Noruega
  • Dinamarca
  • México

Elenco
Ana Alice Souza: Dona Lipa e Ximenes
Carolina Damasceno: Belinha e Amália
Érica Elke: Mário
João Melo: Padre Libério e Júlio
Lido Loschi: Sr. Aristides e Normando
Loló Mendes: Rosalina
Lourdes Araújo: Dona Cotinha e Olga
Renato Neves: Tibúrcio e Bartolo
Ronaldo Pereira: Zé do Sino
Soraia Moraes: Corina e Natasha
Pablo Bertola: Violão

Ficha técnica
Texto: Bartolomeu Campos de Queirós
Adaptação: Ponto de Partida
Roteiro e direção: Regina Bertola
Figurinos: Tânia Werneck
Confecção de figurinos: Vera Viol
Iluminação: Jorginho de Carvalho
Assistente de iluminação e operador: Rony Rodrigues
Arranjos vocais: Gilvan de Oliveira
Pesquisa musical: Ponto de Partida e Via Negromonte
Música original: Gilvan de Oliveira sobre o texto de Bartolomeu Campos de Queirós, “Mário”
Preparação vocal: Babaya
Preparação para dança flamenca e castanholas: Karine Cobucci
Sonorização: Murillo Corrêa e cia.
Divulgação e mobilização: Carolina Damasceno, Érica Elke, João Melo e Lido Loschi
Criação Gráfica: Diego Ribeiro
Produção gráfica: Dani Costa
Produção Executiva: Fátima Jorge e Diego Ribeiro
Assistente de Produção: Karine Montenegro
Direção de Produção: Pablo Bertola e Júlia Medeiros
Administração: Dulce Dias e Fernanda Fróes
Direção Geral: Regina Bertola
Patrocínio: Copasa
Realização: Ponto de Partida

Ponto de Partida
Com 32 anos de trajetória, o Ponto de Partida estabeleceu-se como uma referência na investigação teatral. Pesquisou e desenvolveu uma linguagem única para musicais brasileiros e construiu uma dramaturgia inédita a partir da obra de autores como Guimarães Rosa, Drummond, Jorge Amado, Manoel de Barros, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós e compositores como Milton Nascimento e Chico Buarque.

Formou-se tecnicamente com os principais nomes do país: Fernanda Montenegro, Sergio Britto, Cacá Carvalho, Jorginho de Carvalho, Babaya, Gilvan de Oliveira, para citar alguns e já se apresentou por todo Brasil, Europa, África e América do Sul.

Copasa
É uma empresa pública presente em mais de 600 municípios de Minas Gerais, que leva saúde e qualidade de vida a cerca de 14 milhões de mineiros. Comemorou, em 2013, seus 50 anos de existência. O grupo Ponto de Partida é apoiado pela COPASA através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Rouanet.

Serviço
Varginha
Ciganos
22 de março, 20 horas
Theatro Municipal Capitólio
Ingressos: R$20 inteira e R$10 meia-entrada
Preço promocional para a classe artística: R$10
Informações e vendas no Musical Center
Rua Dep. Ribeiro de Resende, 379 – Centro
(35) 3212-4099

fb.com/grupopontodepartida

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Responsável pelas informações: Agnaldo Montesso - jornalista profissional - MTB 15.903 JP - ascom@fundacaoculturaldevarginha.com.br