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Violência contra mulher é tema de livro de escritora varginhense

A Biblioteca Pública de Varginha promove nesta quinta-feira (02/07) uma live de lançamento do livro “Vida e Verdade”, da escritora varginhense Rosana Reis. A partir das 15h, por meio do Facebook da Biblioteca e também pelo YouTube e pelo site Varginha Cultural, a autora vai falar sobre a obra, que retrata como ela sobreviveu a um casamento marcado por abusos e violência, deixando para trás a culpa e o medo que tanto aterroriza todas as mulheres violentadas.

No livro, a autora narra como teve coragem e de onde tirou forças para encarar as mudanças em busca de novas oportunidades e de uma vida com mais alegria. São 300 páginas que relatam uma história de amor e de sonhos, mas que foi marcada por abusos.

A escritora varginhense demorou quase 30 anos para conseguir falar abertamente sobre o tema e contar tudo o que passou. A professora, que é pedagoga e psicopedagoga de formação, deixou de lado o medo e deu lugar à escritora, que agora poderá ajudar muitas mulheres que sofrem caladas e precisam de voz.

Na história, Rosana é representada pela personagem Paula. Foram 4 anos e meio dedicados a colocar no papel trechos de uma vida inesperada, momentos difíceis, mas que podem ajudar outras mulheres a não passarem pela mesma situação.

Rosana Reis tinha o lançamento do livro marcado para março deste ano no Museu Municipal de Varginha. O evento teve que ser cancelado devido à pandemia da Covid-19, que fechou todos os espaços culturais para evitar aglomerações.

De acordo com o diretor-superintendente da Fundação Cultural, Lindon Lopes, “a temática do livro é infelizmente uma dura realidade. Rosana viveu isso há 30 anos e agora pode encorajar muitas mulheres a mudarem uma vida de sofrimento causado por abusos e violência”.

A live terá transmissão simultânea pelo Facebook do Blog do Madeira, Jornal Correio do Sul, Noticiando Varginha, Rádio Melodia FM, TV Princesa, UP Varginha, Varginha Digital, Varginha Online e Van FM 103,1.

 

 

Casos de violência doméstica

É estimado que uma em cada três mulheres no mundo é ou foi vítima desse tipo de violência. Cresce também o número de crianças inocentes vítimas de uma cultura machista, injusta e arcaica, que alimenta toda a cadeia, dificultando o fim dessa situação e contribuindo para o aumento de jovens que se envolvem em atividades criminosas.

Centenas de mulheres são agredidas pelos seus companheiros diariamente dentro de suas próprias casas. Com a Pandemia os números aumentaram. Segundo dados divulgados pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo federal, as denúncias de violência doméstica entre os meses de janeiro e abril tiveram uma alta de 14,1% quando comparadas ao mesmo período de 2019. O mês de abril sozinho apresentou um crescimento de 37,6%, com 9.965 denúncias de casos.

Por meio de muitas pesquisas e estudos, profissionais têm concluído que um importante passo para que haja uma mudança efetiva se dará quando cada mulher abusada e/ou violentada pelo seu parceiro, tiver consciência de que está vivendo uma situação de abuso e/ou de violência doméstica, e do quanto ela pode estar prejudicando e destruindo sua própria vida e também a vida de seus filhos.

 

Texto: Rafael Silva – assessor de Comunicação da escritora

ascom

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