Prefeitura de Varginha inaugura obras de reforma e revitalização do Theatro Capitólio

Em uma noite memorável, o Theatro Municipal Capitólio foi reinaugurado neste domingo (09/10) após as obras de reforma e revitalização iniciadas em abril de 2021 pela Prefeitura de Varginha, por meio da Fundação Cultural. O evento contou com a cerimônia oficial e com a apresentação dos músicos Rommel Fernandes (violino), Roberto Ring (violoncelo) e Pablo Rossi (piano) no projeto “Concertos EPTV”, com composições de Joseph Haydn, Frédéric Chopin e Felix Mendelssohn.

A cerimônia contou com a presença do prefeito Vérdi Lúcio Melo; do diretor-superintendente da Fundação Cultural, Marquinho Benfica; do vereador Rodrigo Naves, vice-presidente da Câmara Municipal; do diretor do Theatro Capitólio, Paulo Sérgio Rosa; do diretor do Museu Municipal, Lindon Lopes; e da coordenadora técnica do Patrimônio Cultural, Danielle Guimarães.

O prefeito Vérdi Lúcio Melo destacou no discurso proferido durante a cerimônia a importância do Theatro Capitólio e as ações nas mais diversas áreas que vem sendo implementadas nos últimos anos e que tem trazido o desenvolvimento e qualidade de vida para a população. “Este teatro, com 95 anos de existência, faz parte de momentos marcantes da história de Varginha que, no último dia 07 de outubro, completou 140 anos. Ele faz parte da memória afetiva da população e representa os esforços de várias autoridades, dentre elas os ex-prefeitos Eduardo Ottoni e Dilzon Melo, que fizeram a aquisição do prédio para o município na década de 1980. O Theatro Capitólio foi um legado importantíssimo deixado pela família Navarra, que veio para Varginha e aqui investiu e teve a ousadia da construção desse espaço magnífico”, enfatizou o prefeito.

O Theatro Municipal Capitólio recebeu atualização da rede elétrica, recuperação dos pisos de madeira, restauração dos ladrilhos hidráulicos, pintura interna e externa, restauração das janelas e portas de madeira e ferro, recuperação geral dos revestimentos, higienização das poltronas e cortinas, reforma dos camarins, aquisição de mobiliário para o saguão, camarins e cabines de som e iluminação, manutenção e conservação dos sistemas de águas pluviais, novos painéis expositivos para o foyer Aurélia Rubião.

O vereador Rodrigo Naves, representando a Câmara de Varginha, destacou que “o Theatro Capitólio é a história dessa cidade. A cultura nos une, é a alma de um povo. Esse período de pandemia causou um grande estrago para a cultura de nosso país, principalmente aos artistas que foram prejudicados. Agradecemos não só ao prefeito, mas toda a sua equipe por dar continuidade à vida, à alma de nossa gente, presente nesse local”.

Já o diretor-superintendente da Fundação Cultural, Marquinho Benfica, afirmou que “quando, em 1920, os irmãos Navarra, vislumbraram a construção desse edifício devem ter pensado o quão significativo seria para a nossa cidade, o quanto ele mudaria a vida de milhares de pessoas. Toda a vez que as portas do Theatro Capitólio são abertas para um evento artístico, sentimos que a missão dele está sendo cumprida. O respeito pela cultura por parte do poder público foi fundamental para enfrentarmos os desafios de uma obra de restauração quando se trata de um bem tombado”.

A obra de reforma, restauração e revitalização do Theatro Capitólio contou com investimento do Fundo Municipal de Patrimônio Cultural, com recursos provenientes do ICMS Patrimônio Cultural. Varginha tem se destacado nessa área e ficou em 1º lugar dentre as cidades do Sul e Sudoeste de Minas Gerais.

A gerente comercial, Letícia Alves da Costa, levou a filha dela, Lívia Pâmela, de 9 anos, para assistir ao concerto e visitar a exposição “Mãos à obra”. “A minha filha ainda não tinha tido a experiência de estar aqui. Quis trazê-la para conhecer a cultura, a arte e ter essas experiências de perto, porque ela só tinha contato por meio da internet e da televisão”, disse Letícia Costa.

A arquiteta Cristina Botelho Nogueira foi junto com o marido Luciano e a filha Mariana para assistir ao recital, que trouxe a ela boas lembranças. “Ter uma casa como essa é motivo de orgulho para nós varginhenses. Toda a minha infância eu vim muito ao teatro e já dancei aqui no palco. Hoje, eu pude reviver tudo isso, ainda mais com essa apresentação que foi espetacular”, frisou a arquiteta.

Celestino Luiz Pires, neto de um dos construtores do Theatro, veio de Belo Horizonte com a esposa Débora, para assistir à cerimônia e ficou emocionado ao estar pela primeira vez no prédio construído pelo avô dele. “Não conhecia o Theatro Capitólio. Foi uma experiência única e fiquei muito emocionado! Mexeu comigo ao ver um trabalho que meu avô fez aqui em Varginha e deixou esse legado aqui para o povo varginhense”, disse Celestino Pires.

A fisioterapeuta Millena Santana disse que “foi incrível, um verdadeiro espetáculo. Superou todas as minhas expectativas. Estava sentindo falta. Ficamos durante a pandemia sem poder ver essas apresentações. É muito importante ter essa introdução da cultura na cidade”.