Teatro Capitólio recebe comédia musical “Meu Coração Quer Cantar”
Nesta quinta-feira (16/08), o Teatro Capitólio recebe a comédia musical “Meu Coração Quer Cantar”, protagonizada pelo ator Guilherme Leicam. Os ingressos estão sendo vendidos na Pré-Festa a R$ 20,00 (meia). Na portaria na hora do espetáculo, a R$ 30,00 (meia). No final do espetáculo, uma pessoa da plateia será sorteada para jantar com o elenco. Haverá também uma sessão de fotos e autógrafos.
O espetáculo mostra de uma forma bem-humorada sobre a dor e a delícia de se estar apaixonado e brinca com o lado ridículo daqueles que foram flechados pelo cupido. A dramaturgia do texto utiliza citações de como poemas de grandes autores se transformaram em canções de sucesso.
Esse enredo é pretexto para que Guilherme Leicam tente investigar em suas canções as razões que levam aqueles que se deixam contagiar pela paixão e acabam traídos pelas armadilhas do amor a continuarem a investir nas ciladas do coração. O grande público gosta de música romântica. Especialmente aquelas que fazem sangrar o coração. Tipo separação, abandono, traição… O roteiro está cheio delas. Os compositores dizem que a desilusão é combustível clássico para as músicas. O espetáculo é costurado por números musicais que se encaixam organicamente na narrativa, tipo “Amor & Música”.
“MEU CORAÇÃO QUER CANTAR” reafirma a opção do diretor Francis Mayer na produção de musicais, iniciada com “ANGELA MARIA – LADY CROONER”, encenada com sucesso no Rio de Janeiro.
No palco, presenciamos o embate do anti-romântico (DIEGO ROSA) e do apaixonado inveterado (GUILHERME LEICAM). Esse confronto se concentra nos próprios personagens. E não entre eles, mas consigo mesmos.
A estrutura narrativa é sofisticadamente simples. O autor começa citando a letra da “Canção de Protesto” de Caetano Veloso para questionar os espectadores sobre a eterna fixação dos compositores em escreverem tantas canções de amor. E vai mais longe na provocação quando cita o poema “Todas as cartas de amor são ridículas” de Álvaro de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa). Assim sendo, a eterna luta entre o “bem” e o “mal” se estabelece. Mas, o “happy end” é garantido. Quando não houver mais fé nem esperança, o amor sobreviverá.
Em 1h20 de espetáculo, temos o privilégio de acompanhar um roteiro de várias canções que se transformaram em sucessos inesquecíveis. Mas que um dia foram poemas, como exemplo: “Marcha” de Cecília Meireles se transformou na romântica “Canteiros” na voz de Fagner, e o comovente poema “A Via Láctea” de Olavo Bilac virou a belíssima “Divina Comédia Humana” na voz de Belchior.